João Campos é um dos três melhores prefeitos do Brasil, aponta pesquisa

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas mostra o gestor recifense com 66,3% de aprovação

Foto: Rodolfo Loepert/PCR

Pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Paraná Pesquisas avaliou os prefeitos das dez maiores capitais do país. No levantamento, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), aparece entre os três melhores do Brasil, com 66,3% de aprovação e 28,4% de desaprovação, à frente de gestores como Rafael Greca (Curitiba), Sebastião Melo (Porto Alegre) e José Sarto (Fortaleza).

No Recife, o levantamento ocorreu entre os dias 30 de março e 2 de abril e ouviu 816 pessoas. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa buscou avaliar a opinião dos cidadãos sobre a administração dos prefeitos, perguntando se aprovavam, desaprovavam ou não tinham opinião formada. O ranking é liderado pelos prefeitos Bruno Reis (Salvador) e David Almeida (Manaus), com taxas de aprovação de 68% e 67,3%, respectivamente.

Muito do desempenho do prefeito João Campos é atribuído ao trabalho realizado nas periferias da capital pernambucana. A gestão está trabalhando forte na pavimentação de ruas, através do programa Rua Tinindo, e na contenção de grandes encostas e obras de menor porte, por meio do Programa Parceria. Também estão sendo executados serviços de construção e ampliação de creches para a geração de novas vagas, além do trabalho de transformação digital que acelera e aproxima os serviços da população, como ocorre com a vacinação contra a Covid-19.

Recentemente, a Prefeitura do Recife formalizou um empréstimo com o Banco Mundial no valor de R$ 2 bilhões, que serão investidos em obras de infraestrutura através do ProMorar, incluindo serviços de drenagem, obras de contenção encostas, moradias, pavimentação, equipamentos urbanos e outros, gerando, aproximadamente, 15 mil empregos na cidade.

08/06/2023 – Com informações da Prefeitura do Recife

PSB promove seminário voltado ao fortalecimento de suas bases

Segmentos organizados do partido apresentaram demandas prioritárias que basearão planejamento estratégico

O PSB e a Fundação João Mangabeira promoveram, neste sábado (20), o Seminário Estadual dos Segmentos Organizados do partido. O objetivo foi colher demandas e prioridades da base para a construção de um planejamento estratégico que possibilite à sigla continuar se fortalecendo. Atualmente, o PSB é o maior partido de Pernambuco, com cinco deputados federais, 13 deputadas e deputados estaduais, 50 prefeitas e prefeitos, mais de 30 vice-prefeitas e vice-prefeitos e mais de 480 vereadoras e vereadores.

O encontro teve a participação de cerca de 80 membros das Executivas dos sete segmentos do PSB de Pernambuco e do PSB do Recife: Mulheres, Juventude, Negritude, LGBT, Inclusão da Pessoa com Deficiência, Movimento Popular e Movimento Sindical. Para o presidente estadual do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes, foi uma demonstração da força do partido, que promoveu o evento como parte de uma extensa programação de formação política e fortalecimento de bases em um ano não eleitoral.

“Nós encerramos um ciclo de governo, mas não a vida partidária. Pelo contrário, ela cresce e se fortalece. E nosso primeiro grande ativo é nosso partido, nossa militância, nossa base presente em todos os municípios de Pernambuco”, afirmou Sileno, endossado pelo presidente municipal do PSB do Recife, Gabriel Leitão. “Esse momento é resultado do processo político que cada um e cada uma de nós faz no dia a dia. O PSB foi um partido que, a partir de sua direção nacional, teve a coragem de fazer uma autorreforma que impactou todos os diretórios regionais e vários municipais. Esse encontro de hoje é fruto dessa diretriz”, complementou.

Também no evento, o coordenador da Fundação João Mangabeira em Pernambuco, deputado Pedro Campos, ressaltou a nitidez do posicionamento do PSB no novo cenário que se impôs no Estado. “Quando o atual governo não paga o 13º do Bolsa Família e não fala nada sobre reeditar o Programa de Aquisição de Alimentos estadual, mesmo com toda a disposição que o Governo Lula tem com nosso estado, isso nos coloca na oposição. Temos raízes muito identificadas. Sabemos quem a gente defende”, disse.

Na contramão do cenário preocupante no Governo do Estado, o prefeito do Recife, João Campos, tem se destacado por difundir uma forma de governar voltada às pessoas que mais precisam. É assim, por exemplo, com a operação de crédito de R$ 2 bilhões obtida recentemente junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. Todo o recurso será investido em obras de urbanização nas periferias. “Temos filiado ao nosso partido o maior expoente da política pernambucana, talvez da política nacional, que se chama João Campos”, valorizou o vereador Rinaldo Júnior, líder do PSB na Câmara do Recife, local onde ocorreu o seminário.

O evento foi mediado pela secretária nacional de Mulheres do PSB e secretária de Formação Política e Articulação com os Segmentos, Dora Pires, que enfatizou a importância da unidade de propósitos entre os diversos setores do partido.

20/05/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

Imagens: Wesley D’Almeida

João Campos e PSB saem fortalecidos com indicação de Rodrigo Novaes para o TCE

Próximo do prefeito do Recife, deputado sertanejo prevaleceu contra candidatura apoiada pela governadora Raquel Lyra

Foto: Rodolfo Loepert/Arquivo

Além de ser um símbolo da independência da Assembleia Legislativa (Alepe), capitaneada pelo presidente Álvaro Porto (PSDB), a indicação do deputado Rodrigo Novaes (PSB) como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aprovada nesta terça (23), também é uma vitória do prefeito do Recife, João Campos, principal liderança do PSB. Mesmo com tentativas de interferência do Palácio do Campo das Princesas, a candidatura socialista prevaleceu contra a postulação apoiada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), o que garantiu ainda a volta à Alepe do deputado Diogo Moraes, primeiro suplente do PSB.

Rodrigo Novaes foi um aliado de primeira hora das gestões do PSB no Governo do Estado em seus mandatos passados e selou uma aproximação ainda maior com o prefeito João Campos na pré-campanha de 2022, quando se filiou ao partido. Já nas eleições, fez dobradinha com o irmão do prefeito, o então candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB), em Floresta, a principal base de Novaes. Como postulante pelo PSB, o parlamentar sertanejo elegeu-se para o quarto mandato como deputado estadual, no ano passado, com a votação mais expressiva de sua trajetória política, obtendo 85.107 votos. Agora, assume uma cadeira no TCE mesmo militando no maior partido de oposição ao poderio do Palácio do Campo das Princesas.

Para o presidente estadual do PSB e líder do partido na Alepe, deputado Sileno Guedes, a escolha de Novaes demonstrou a força do PSB, que tem a maior bancada da Alepe, e o prestígio do prefeito João Campos entre os deputados. “Todos os três candidatos têm imensa capacidade técnica e jurídica. Pudemos ver isso pelos currículos e pela apresentação deles na comissão, pela manhã. O diferencial para a escolha de Rodrigo Novaes foi a intensa articulação em torno do nome dele, o desprestígio dos articuladores do Palácio e a demonstração de repúdio à interferência do governo nesse processo”, afirmou.

23/05/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

Rodrigo Novaes é eleito conselheiro do TCE; Diogo Moraes assume mandato

Foto: Wesley D’Almeida

O deputado Rodrigo Novaes (PSB) foi escolhido, nesta terça (23), como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O candidato do maior partido de oposição ao atual governo derrotou o postulante que tinha o apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB) por 30 votos a 18. A votação ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sob forte emoção do público presente nas galerias, que vibrou com o resultado.

Rodrigo Novaes esteve na linha de frente de apoio às gestões do PSB no Governo do Estado mesmo antes de se filiar ao partido, o que ocorreu em 2022. Nas eleições do ano passado, o parlamentar obteve a maior votação de sua trajetória política, com mais de 85 mil votos, conquistando o quarto mandato consecutivo.

“Temos hoje uma Casa que é respeitada, que é vista como um poder, onde os deputados têm voz, são respeitados no debate, na discussão dos projetos de lei, e não uma Casa que é subserviente, subordinada a quem quer que seja. A gente respeita os demais poderes e exige respeito também dos outros poderes”, afirmou Novaes, em seu discurso após a vitória.

Com a eleição do parlamentar para o TCE, o ex-deputado Diogo Moraes, que ficou na primeira suplência do PSB nas eleições de 2022, assume o mandato em definitivo, retornando à Assembleia Legislativa.

23/05/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

“Fizemos nossa parte para ajudar o Estado”, afirma Sileno sobre empréstimo aprovado na Alepe

Líder do PSB destacou o papel dos parlamentares da oposição no aperfeiçoamento do projeto de lei enviado pelo Executivo

Foto: Wesley D’Almeida

O líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Sileno Guedes, declarou, nesta quarta-feira (3), que todos os deputados e deputadas da Casa, inclusive os da oposição, deram um voto de confiança ao autorizar que o Governo do Estado contrate empréstimo de até R$ 3,4 bilhões, seu limite de endividamento, para reforçar os investimentos em segurança, saneamento e infraestrutura. O parlamentar também exaltou a atuação da bancada formada por PSB e PSOL na proposição de emendas que melhoraram o Projeto de Lei 556/2023, referente ao tema, aprovado por unanimidade nesta tarde.

“Fizemos a nossa parte. Estamos entregando à governadora de Pernambuco a possibilidade de fazer grandes investimentos no Estado. Destaco o papel da equipe econômica do governo passado, que se esforçou e permitiu que hoje a governadora possa buscar operações no montante que está estipulado”, afirmou Sileno, lembrando que três das seis emendas da oposição foram aprovadas e preencheram lacunas existentes no projeto original. Esses dispositivos tiveram autoria de Sileno e mais três deputados do PSB – Waldemar Borges, Rodrigo Farias e José Patriota – e da líder da oposição, deputada Dani Portela (PSOL).

O projeto de lei foi aprovado antes do fim do prazo de tramitação em regime de urgência, em um evidente compromisso da oposição em contribuir com matérias que ajudem Pernambuco. Segundo o líder do PSB, cabe agora ao governo ter celeridade para cumprir as etapas vindouras. “Uma operação dessa natureza não se faz em 15, 20 ou 30 dias. Às vezes, leva anos, porque depende do Senado, depende da Cofiex [Comissão de Financiamentos Externos do Governo Federal], depende do aceite e interesse dos bancos em fazer a operação de crédito. Então, é preciso celeridade, empenho e equipe para tirar do papel”, disse.

03/05/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

Sileno critica falta de merenda nas escolas da rede estadual

Deputado criticou a preocupação do atual governo em atacar a gestão anterior enquanto se omite na resolução de problemas em áreas que eram referência, como a educação

Foto: Wesley D’Almeida

O líder do PSB na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado Sileno Guedes, subiu o tom contra o Governo de Pernambuco, nesta quarta-feira (12), ao comentar sobre a falta de merenda, kit escolar e fardamento nas escolas da rede estadual de ensino. Segundo o parlamentar, a gestão estadual se preocupou em fazer um relatório de mais de 800 páginas para atacar o governo anterior e se esquece de resolver os problemas que ela própria tem criado em áreas que eram referência, como a educação.

“Hoje, uma emissora de TV dedicou parte de sua programação para falar da falta de merenda, de kit escolar, de fardamento e até da falta de carregamento do Passe Livre dos estudantes da rede pública de ensino. Quando isso vai parar na televisão é porque já está acontecendo há um tempo. E não foi em uma escola escondida, não. Foi na Escola Barbosa Lima, aqui na Avenida Agamenon Magalhães, bem debaixo dos olhos de todos nós”, criticou o parlamentar, durante fala na tribuna da Alepe.

Ainda segundo Sileno, apesar de o Governo alegar que os problemas nas escolas se devem a licitações que ainda estavam em andamento em dezembro passado, o mês de janeiro era justamente o período em que a atual gestão deveria ter se preocupado com as matrículas dos estudantes e com os contratos e licitações referentes ao novo ano letivo, o que não ocorreu devido a exonerações indiscriminadas, feitas pela governadora, de servidores que atuavam na execução desses trabalhos.

“Não sei nem se esse documento de 800 páginas fala sobre isso. Vou até dar uma folheada para ver se tem algum capítulo específico que fala sobre a falta de merenda”, ironizou o deputado, completando que, até o fim do ano, ainda na gestão do PSB, “tinha merenda, kit escolar e fardamento escolar e as merendeiras e terceirizados recebiam seus salários”.

Sileno afirmou, por fim, que está solicitando ao deputado Waldemar Borges (PSB), presidente da Comissão de Educação e Cultura, que a secretária estadual de Educação, Ivaneide Dantas, seja convocada para dar explicações sobre esses problemas. “Ninguém fica sem comer um dia. Não existe escola integral sem almoço. Esse povo precisa acordar, pegar no serviço e fazer o que tem que ser feito”, disse.

12/04/2023 – Com informações da Assessoria de Comunicação do deputado Sileno Guedes

Felipe Carreras vai liderar maior bloco partidário da Câmara

O deputado Felipe Carreras (PSB) foi escolhido para ser o primeiro líder do maior bloco da Câmara, que reunirá 173 parlamentares do PP, União Brasil, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT. A liderança do bloco será alternada a cada três meses.

Filiado ao PSB desde 1995, o deputado pernambucano Felipe Carreras é o atual líder da bancada do partido na Câmara.

“É um desafio ser o primeiro líder deste que é o maior bloco da Câmara. O Brasil vive um momento de oportunidades com um novo governo que vem com a missão de resgatar país no cenário internacional, no setor social e no econômico. Minha missão aqui é promover o diálogo entre os diferentes para viabilizar a construção de um projeto de país onde o povo saia ganhando”, disse.

12/04/2023 – Com informações da Assessoria de Comunicação da Liderança do PSB na Câmara

Prefeitas e prefeitos do PSB de Pernambuco se reúnem com Alckmin em Brasília

Vice-presidente da República destacou os municípios como motores do crescimento do país

Foto: Reprodução

Prefeitas e prefeitos filiados ao PSB de Pernambuco participaram, na noite da quarta-feira (29), de um encontro com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). A reunião, realizada na sede da Fundação João Mangabeira, em Brasília, foi mais um ato de demonstração de força dos gestores municipais, que estiveram em peso na capital federal, ao longo da semana, para participar da Marcha em Defesa dos Municípios. Também estiveram presentes ministros, senadores e deputados do PSB.

Em sua saudação aos presentes, o vice-presidente Alckmin ressaltou a necessidade de a pauta tributária ser mais justa para todos os brasileiros, em especial, os mais pobres, e destacou a experiência de gerir um município como muito desafiadora, por ser na instância local que as demandas da população mais se manifestam. Nesse sentido, ele indicou a importância de os municípios serem o foco das atenções na geração de oportunidades e na busca pela consolidação do crescimento do país.

“A árvore cresce pelas raízes. Nós precisamos crescer pelos municípios, pelas lideranças municipais. O PSB é o partido do presente e do futuro. Qual é a questão da dicotomia? Uns só querem mercado. Outros, às vezes, se descuidam das questões econômicas. Nós temos que combinar, de um lado, o olhar social, com uma rede de proteção social em um mundo em que a concentração de renda é um desafio, e por outro, eficiência econômica, competitividade, conquista de investimentos, geração de emprego e renda. Essa é a combinação que representa muito bem a plataforma, o programa e as propostas do PSB”, disse.

O prefeito do Recife, João Campos, que é vice-presidente nacional do PSB, afirmou que o modo de governar do partido à frente dos estados e municípios segue sendo referência no momento desafiador vivenciado pelo Brasil. “O PSB de Pernambuco tem uma tradição de gestão muito forte, de política pública de qualidade, de política pública social, de equilíbrio fiscal e econômico. Esse modelo um dia foi liderado por Arraes e Eduardo, foi implementado em Pernambuco e hoje está presente nos municípios pernambucanos, muito bem conduzidos por esse time que está aqui, que sabe fazer gestão e tem representatividade”, declarou.

30/03/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

“Vamos receber Lula com festa em Pernambuco”, afirma Sileno

Dirigente do PSB realçou João Campos como grande anfitrião da passagem do presidente da República pelo Recife

Foto: Wesley D’Almeida

Em sua primeira visita a Pernambuco no terceiro mandato como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será recebido com festa por políticos e militantes que ajudaram a garantir a derrota do bolsonarismo no plano federal. A declaração é do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que realça o momento como simbólico para a união entre PSB e PT, considerando que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), será o grande anfitrião do presidente em sua passagem pela capital.

“É a primeira vez que Lula volta ao estado como presidente e temos a obrigação de fazer uma grande festa para ele”, afirmou o dirigente em entrevista publicada nesta terça-feira (21) pela Folha de Pernambuco, ressaltando que prefeitos e outros gestores do PSB estão sendo convidados para fazer coro à alegria dos pernambucanos em receber o presidente no evento previsto para o Ginásio Geraldão, administrado pela Prefeitura do Recife, local onde Lula lançará o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Ainda de acordo com Sileno, a previsão da presença de Lula em almoço com a governadora Raquel Lyra (PSDB) antes da agenda no Geraldão não é sinal de deferência a uma força política que não o apoiou na campanha presidencial, mas, sim, apenas uma “questão protocolar”. Também nesta terça, em declarações dadas ao Diario de Pernambuco, o presidente do PSB lembrou que as indicações de membros do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para cargos no Governo do Estado apenas reforçam o que sempre se colocou sobre o campo de militância da gestora tucana.

“Como governadora, ela pode colocar nos cargos comissionados quem ela achar que deve. É uma prerrogativa dela. Agora, inegavelmente, ela começa a confirmar aquilo que sempre se colocou em relação a ela, que é um posicionamento ligado aos grupos mais conservadores do estado”, disparou.

21/03/2023 – Assessoria de Comunicação do PSB em Pernambuco

Waldemar Borges: “Raquel encontrou Alepe disposta a contribuir, mas apostou no acirramento”

Aliado e admirador do ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), o deputado estadual Waldemar Borges (PSB), que perdeu a disputa para a presidência de uma das mais importantes comissões da Assembleia – a de Constituição, Legislação e Justiça – se diz surpreendido com a postura da governadora Raquel Lyra (PSDB) que, segundo ele, preferiu o acirramento, em vez de aproveitar a disposição de não aliados para ajudar Pernambuco. Alega que o Governo “errou na mão” e se excedeu nas interferências no Poder Legislativo, e que poderia encontrar na gestão do presidente Lula um exemplo de relacionamento. Eleito presidente da Comissão de Educação, Waldemar Borges elogia o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB): “Foi isento e fiel no processo todo.”

Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Contradições de discurso
O discurso (de Raquel Lyra) perdeu a validade depois da eleição. Ela acha que para implementar o projeto dela tem que ter mais cargos comissionados. Não acho nada demais. Não pode o que a urna apontou deixar de ser executado por conta de questões menores. Agora, evidencia uma certa contradição em relação ao discurso anterior que apontava o número de cargos comissionados como um dos problemas no Estado.

Surpreso com a postura de Raquel
Tive oportunidade de conviver com Raquel, no Governo de Eduardo Campos (1965-2014), na Assembleia, e posso testemunhar uma série de qualidades dela. Mas tem me chamado a atenção a forma de se relacionar com o Legislativo, pelo menos a partir dos recados que saem do Palácio: para ter que “tratorar” e não se admitir o PSB em canto nenhum. É uma postura movida pelo rancor. E isso tem se refletido em outras esferas. A decisão de exonerar todos os cargos comissionados e de emitir sinais que demonizam quem participou de gestões do PSB têm inaugurado um clima de terror no Governo. É algo que o Brasil viveu nos últimos quatro anos e que a gente está fazendo um esforço enorme para superar. Não é possível que Pernambuco vá viver isso.

Ser oposição
Por um aspecto, é mais fácil ser oposição. Mas você ter condições de contribuir na formulação de políticas públicas que toquem na vida das pessoas para transformar – e você faz isso mais quando está dentro do governo – é muito importante, é gratificante sentir que está tendo uma participação mais efetiva na vida das pessoas. Mas não é só questão de ser mais fácil ou mais difícil. São papéis diferentes. Oposição também pode tentar interferir na formatação das políticas públicas. Tem muito a ver com o entendimento de quem está no governo, de abrir essa possibilidade. Às vezes gera muitos conflitos.

Acostumados com o poder
Não procede dizer que a reação do PSB foi por estar acostumado ao poder. No Estado há profissionais comissionados que dão sua contribuição em qualquer governo. A mudança é natural, mas não da maneira como foi feita. Você não precisaria ter exonerado todo mundo, de A a Z. Segundo, porque não é simples desmontar um Estado cujo funcionamento depende de cargos comissionados, e remontar rapidamente. Ainda há repartições com dificuldade de funcionar.

Interferências do Governo
A maioria que o PSB tinha na Assembleia foi uma maioria que saiu das urnas e que dava sustentação ao projeto de Eduardo Campos (2007-2014). O PSB tratorava? Tratorava, mas ao longo desse tempo não teve um presidente da Assembleia. O governo ignorava a situação da Assembleia? Não. Nem ninguém é ingênuo de achar que o Executivo não acompanhava. Eduardo, por exemplo, considerava os movimentos da Alepe, mas nunca chegou para dizer: “O presidente tem que ser do PSB”. Ele criava os canais de interação, não se metia de maneira tão ostensiva

Continuidade 
Eduardo Campos teve a preocupação de garantir a continuidade dos serviços quando assumiu o Governo (2007-2014), e de ver quem tinha mais identidade com o projeto que ele defendeu, ao longo de uma certa convivência, não assim, numa canetada, para tentar eliminar qualquer tipo de situação ou pessoa que pudesse lembrar o Governo anterior. Isso não atende à boa prática de gestão. E não estou ignorando a legitimidade de quem venceu nas urnas. É que, além de algumas injustiças pessoais, isso causa prejuízos à prestação de serviços.

Falta base sólida
As comissões na Assembleia, na época do PSB, eram discutidas internamente e refletiam a maioria, essa maioria era alinhada ao Governo. Tem uma diferença que não é desprezível. Quando Eduardo foi candidato não disseminou o ódio, não disseminou rancor. Muito pelo contrário. Estendeu a mão a todo mundo. Reanimou muitos políticos, muitos grupamentos políticos, que estavam completamente à margem do processo. Como é que se diz que foi uma fase de trator? Não foi. Nem na Assembleia nem para a sociedade.

Sem afronta
O PSB nunca teve governos que afrontassem a Casa. Raquel quando se elegeu – embora a maioria dos deputados não tenha sido eleita ao lado dela – encontrou uma Casa disposta a contribuir, tanto que tudo que mandou até agora foi votado e aprovado. Poderia ter explorado esse clima para estabelecer um ambiente mais harmonioso. Mas escolheu o caminho de usar manobras regimentais, nunca usadas aqui, e apostou no acirramento. Isso é ruim para o Estado. Ela menosprezou a disposição do Legislativo e a oposição recebeu sinais de que a colaboração não interessa.

Menos retrovisor e mais luz
Na época de Eduardo, muita coisa saía da Assembleia para o Palácio. Era uma base identificada. Essa é uma diferença básica que tem de ser colocada. Também não foi essa coisa do trator, do ódio. Hoje há uma postura inversa. O retrovisor está grande demais. Tem que diminuir um pouco, e aumentar a potência das luzes para olhar para frente. Quem ganhou a eleição tem uma missão enorme de somar esforços, de construir pontes, para usar uma expressão que ela (Raquel) dizia.

Erros do PSB
O PSB cometeu erros na condução política de algumas situações. Eu mesmo me senti vítima disso em alguns casos. Mas a grande marca desses 16 anos não foi a de um PSB trator: foi a da construção da mais ampla unidade política que já existiu em nosso Estado. Eduardo, deixando de lado desavenças do passado, foi capaz de unir Pernambuco olhando para o futuro. É isso o que se espera de quem queira fazer o Estado superar as dificuldades existentes e ampliar os avanços conquistados.

Erraram na mão
O sentimento da Casa é de que erraram na mão. Houve exagero do Governo. Essa relação é uma interação. Ela (Raquel) está dizendo agora que a situação da saúde em Pernambuco não foi construída nos últimos 70 dias. Não, não foi. A situação da saúde é extremamente complexa. Se não fossem os feitos dos últimos 16 anos, certamente estaria bem pior – seis hospitais, 15 UPAs, 15 UPAEs. A gente espera que ela faça mais. E ela terá mais condições de fazer porque está se relacionando com um Governo Federal que não olha para Pernambuco com preconceito. Pelo contrário. Lula está vindo aqui esta semana (quarta-feira) para demonstrar o compromisso que tem com o Estado, diferentemente de Bolsonaro.

Sobre o presidente da Alepe
O presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), teve uma postura autônoma, altiva e isenta, preservando a autonomia do Poder e valorizando o esforço, a construção da unidade interna, observando a proporcionalidade. Foi equilibrado, respeitando os movimentos internos da Casa. Ele se comportou como um presidente que tem consciência da importante frase de “Poderes independentes e harmoniosos”. Foi absolutamente fiel nesse processo todo.

Antipedagógico
Outra preocupação: os índices de violência todos pioraram. Mas o Governo está começando. Não dá para atribuir aos 70 dias de gestão. Vai ficando claro que há certas situações que não são fruto apenas da falta de vontade ou de compromisso do governante, como eles tentaram passar e ainda tentam. O preocupante é que isso é antipedagógico. Por mais bem intencionada e comprometida, e eu sei que ela é, a gente não pode passar a ideia de que as coisas dependem só da vontade do gestor. Porque atinge a crença da população na democracia, frustrando muitos eleitores que votaram achando que num toque de mágica as coisas poderiam ser resolvidas.

Exemplo de Lula
A impressão é de que divergências no passado estão assumindo uma dimensão maior que o razoável. É muito ressentimento (de Raquel), ao contrário do governo Lula. Com certeza, Lula não vai chegar aqui para valorizar o fato de ela não ter pedido votos para ela. Vai procurar saber em que converge. A gente não está querendo repetir erros. A gente precisa preservar os avanços. O momento é de buscar o que fortalece os interesses do Estado e não deixar que desencontros – nos quais se tenha ou não razão – prevaleçam.

Entrevista publicada na edição de 20/03/2023 da Folha de Pernambuco