Lideranças do PSB contestam pontos da concessão da Compesa

Foto: Lula Carneiro

O diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro de Gravatá reuniu, na sexta-feira (24), diversas lideranças políticas para discutir o processo de concessão dos serviços de distribuição de água da Compesa, apresentado pelo Governo do Estado. O encontro reuniu lideranças das cidades de Agrestina, Amaraji, Bonito, Sairé, Gravatá, Chã Grande, Bezerros, Água Preta, Pombos, Igarassu, Caruaru, Iati, Cumaru, Casinhas, Ribeirão, Altinho, Garanhuns, Lagoa do Carro, Poção e Surubim.

A reunião contou com a presença do deputado federal Pedro Campos, dos deputados estaduais Sileno Guedes, Waldemar Borges e Cayo Albino, além dos prefeitos Sivaldo Albino (Garanhuns), Josué Mendes (Agrestina), Carol Jordão (Ribeirão), Jeyson Falcão (Primavera), Marivaldo Pena (Altinho), Maria Zeneide Medeiros (Cumaru) e Dr Ruy (Bonito), do presidente municipal do PSB de Gravatá e vice⁠-prefeito da cidade, João Paulo, além de diversos vice-prefeitos e vereadores da região.

Na ocasião, o deputado federal Pedro Campos criticou o molde da concessão em curso e avaliou que o governo estadual conduz esse processo de maneira equivocada, deixando à margem pontos essenciais ao interesse do povo. “Não há previsão em edital que o racionamento de água será reduzido, nem a definição da outorga mínima, nem os critérios que serão adotados para a repartição dos valores entre estado e municípios. Não podemos concordar com esse absurdo que está posto”, afirmou o deputado federal.

Em sua fala, Pedro ressaltou que  o processo de concessão da distribuição da água deveria ter como foco prioritário a redução do racionamento de água, principal queixa da população. “Enquanto tem gente esperando o caminhão-pipa para encher a cisterna, carregando lata d ‘água na cabeça nas zonas rurais do nosso estado ou esperando a água chegar nas periferia de Recife e Olinda, o prazo desta consulta pública está encerrando sem que houvesse a devida discussão. Essas pessoas infelizmente não têm tempo para discutir esse assunto. Por isso, a gente tem a responsabilidade de falar por essas pessoas, de cobrar e de garantir que esse processo seja bom não para o governo do estado, mas para o cidadão. Se for bom para o povo, que está esperando a água chegar em casa, é bom para a gente. Esse é o nosso compromisso e a luta do PSB”, afirmou Pedro.

27/01/2025 – Com informações da Assessoria de Comunicação do deputado Pedro Campos

Perfil de João Campos no jornal O Globo mostra gestor como player nacional

Foto: Rodolfo Loepert

O jornal O Globo publicou neste domingo (26/01) um perfil detalhado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), destacando sua evolução como gestor e figura política de projeção nacional, com uma influência crescente dentro e fora de Pernambuco. Na série de perfis que leva o nome de “Persona”, feita por colunistas, editores e repórteres sobre as figuras mais relevantes do país, o periódico também enfatiza o domínio da comunicação digital por parte de João Campos.

A reportagem, que dedica três páginas inteiras a traçar o perfil do prefeito, ressalta a sua rotina intensa. “Aos 31 anos, se orgulha de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato. Desde visitas a obras e reuniões institucionais até compromissos políticos nacionais, João Campos se mantém ativo e conectado com a população. Com 2,8 milhões de seguidores no instagram, ele se tornou referência em comunicação digital entre prefeitos brasileiros”, frisa o jornal, que cita inclusive a recente convocação do presidente Lula para que João Campos ajude na estratégia digital do governo federal.

João tem defendido uma comunicação ágil e simbólica, entendendo que, no mundo atual, mensagens curtas e diretas são mais eficazes do que longos discursos. Segundo O Globo, essa forma de atuar, somada ao grande conjunto de entregas na educação, saúde e infraestrutura o levou a conquistar a reeleição em 2024 com o histórico resultado de 78% dos votos.

Atualmente, observa o repórter que acompanhou o prefeito em agendas pela rua, as pessoas já lhe veem como nome não só para o Governo de Pernambuco, mas também para a presidência da República.

A reportagem afirma que Campos deve disputar o cargo de governador em 2026 e que já desponta com 64% dos votos contra 22% da atual governadora na última pesquisa eleitoral feita no estado, embora o próprio chefe do Executivo Municipal mantenha cautela sobre o assunto.

Além disso, são citadas a linha do tempo de João, com conquistas de grande dimensão – a exemplo da votação recorde para a Câmara Federal em 2018, a relação com a família e a sua namorada – a deputada federal Tabata Amaral, a referência no pai e bisavô – Eduardo Campos e Miguel Arraes, entre outros temas. Na conclusão, o jornal o coloca como um político moderno, com carisma, forte poder de comunicação digital e atuação efetiva traduzida em projetos e obras concretas, entregas que marcaram os últimos anos da capital pernambucana.

Confira a reportagem na íntegra:

João Campos: a esquerda de novo visual

Por Caio Sartori

Sob o sol de 15 de janeiro numa comunidade do bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, uma suada senhora evangélica, vestindo uma camiseta da Assembleia de Deus, não escondia a euforia antes de pedir uma foto.

— Quero ver o rosto do homem! Já vi muito o do pai e o do avô — gritou ao lado do rapaz de olhos azuis e nariz avantajado. — Vai virar governador! — vaticinou um outro apoiador.

Quando percorre as ruas da cidade — sempre de camisa de manga curta, jeans e tênis esportivo —, o jovem tratado como celebridade se depara a todo momento com ecos do passado e projeções sobre o futuro. Aos 31 anos, o prefeito do Recife é hoje mais João do que Campos, mas não deixa de ser o bisneto de Miguel Arraes e o filho de Eduardo Campos, os dois políticos mais vivos na memória pernambucana. Reeleito com 78% dos votos, também já escuta aos montes gritos que o colocam na disputa do ano que vem pelo Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado comandado pelo bisavô em diferentes momentos dos anos 60, 80 e 90, e pelo pai entre 2007 e 2014.

É assim todo dia, e os dias são longos. O mais jovem prefeito de uma capital brasileira se gaba de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato, numa média de mais de uma por dia. Em uma terça-feira de janeiro, começou às 6h em visita a obras de contenção de encostas, passou por reuniões internas e voou para o velório do pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em Alagoas. À noite, deu entrevista, cortou o cabelo e se reuniu com três secretários já de visual novo. Quando saiu da prefeitura, um destacado prédio alto no Recife Antigo, era madrugada de quarta-feira. Como é de praxe após todos os atos da rotina profissional, registrou com orgulho nas redes sociais o horário de encerramento do expediente. “Nada vence o trabalho”, escreveu na selfie em que aparece sorridente.

Todos os passos de João são seguidos de perto por um assessor que o filma com o celular, mas o próprio prefeito planeja cerca de 80% do que publica nas redes. É na arena digital, na qual a direita dá de goleada na esquerda, que agiu como uma espécie de consultor para o governo Lula na semana da crise do Pix.

Naqueles dias, o “prefeito TikTok” foi chamado a Brasília e deu pitacos na área em que ostenta números relevantes. São 2,8 milhões de seguidores no Instagram, o maior montante entre todos os comandantes de cidades do Brasil e quase o dobro da população recifense, que é de 1,5 milhão de pessoas. Integrantes da equipe de João passaram a compor o time do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o estrategista de sua campanha de reeleição, Rafael Marroquim, também desembarcou por uma semana na capital federal para ajudar o Planalto.

— O principal é ter conexão e sinergia com o povo, e Lula tem isso como poucos. O desafio é entender que no mundo de hoje é preciso ser mais rápido, mais simbólico, não tem direito a falhas. Estamos falando de um tempo na comunicação digital que tem a força do Reels, de um bumper, uma propaganda de cinco segundos no máximo no YouTube. Se você fizer um pronunciamento de uma hora, ninguém vai ver o que você falou, mas vão ver a falha de cinco segundos que cometeu — avalia João Campos, em claro recado à língua do presidente.

O prefeito constrói o “simbólico” de que tanto fala nas redes sociais, e o momento de virada se deu no carnaval de 2024. Era verão, mas nevou no Recife: instigado pela turma do bregafunk, o gênero musical nascido na periferia da cidade, descoloriu o cabelo e dançou com óculos Juliet, dois símbolos das regiões mais pobres. Com o gesto, ganhou centenas de milhares de seguidores em poucos dias, transcendendo as fronteiras recifenses e alcançando outras cidades do estado e do país.

— O que me fez nevar foi que quem neva são os jovens periféricos que pintam o cabelo para brincar o carnaval, e parte da sociedade vê isso com preconceito. Eu fiz como ato de manifesto social, para dizer que quem é da periferia tem nosso respeito — afirma. — Foi um verdadeiro sucesso. É um tempo do símbolo. Não precisei explicar, as pessoas entenderam.

A parceria de hoje entre João Campos e PT esconde um passado de atritos. Em 2014, quando o pai, então candidato a presidente, morreu em um acidente aéreo, ele fez campanha para Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT) no segundo turno presidencial. Dois anos depois, a maior parte do PSB abraçou o impeachment de Dilma, e o partido entrou com cargos no governo Michel Temer (MDB). Quando Lula estava preso em Curitiba no auge da operação Lava-Jato, era daqueles que achavam que a esquerda deveria buscar alternativas. O partido chegou a flertar com a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

Hoje, João tem olhar mais crítico sobre esse passado:

— Não participei das decisões, mas acho que de fato foi um momento histórico muito ruim para o Brasil, e tenho certeza que se meu pai estivesse ali nada disso teria acontecido. Até porque ele seria presidente do país. O PSB já disse que hoje não tomaria a mesma medida, eu certamente não tomaria. Mas o principal é que o partido já superou isso, e o PT também, ou Lula não teria Geraldo Alckmin como vice — afirma em relação ao ex-tucano, agora filiado ao PSB.

João se orgulha de ter uma foto com 1 ano de idade nos braços do presidente, e de, aos 7, ter matado aula para encontrar o petista na casa de Arraes. Classifica Lula como um personagem de tamanho único no Ocidente: a maior liderança do passado e do presente, além de esperança para o futuro. Conta com este ativo — somado ao imaginário político sobre a família e à bem avaliada gestão na capital — para cativar os pernambucanos em 2026. Ele não confirma ainda se será candidato ao governo, mas sabe que a questão será martelada por jornalistas e apoiadores ao longo do ano.

— O próprio fato de a pergunta ser feita em toda entrevista traz um sinal. Se ela é feita, é porque as pessoas acreditam que o caminho pode ser esse. Mas na política há tempo, há prazo, e o momento não é esse. O ano da eleição é 2026.

Um sinal do desejo de disputar o governo do estado foi a escolha do vice da chapa de reeleição, no ano passado. Victor Marques, que se filiou ao PCdoB, é amigo de João desde o primeiro período de faculdade na UFPE. Assim como o aliado, Marques vem de uma família com histórico político, mas bem mais humilde: o pai foi vereador no município de São José do Belmonte, no sertão pernambucano, terra de pouco mais de 30 mil pessoas.

Durante o primeiro mandato de João, o agora vice e secretário de Infraestrutura, pasta de grande visibilidade, trabalhou como chefe de gabinete. Na prefeitura, sabia-se que, quando se ouvia Victor, deveria se ouvir João. É o braço direito inconteste do prefeito e vem sendo a cada dia mais projetado na rotina municipal, uma forma de ganhar capital político antes de se sentar na cadeira em 2026.

Na próxima eleição estadual, o embate tende a ser entre João Campos e a atual governadora, Raquel Lyra, do PSDB. Há meses, Raquel negocia migrar para o PSD, que corteja o PT no estado a fim de neutralizar a parceria entre Lula e o prefeito. Pesquisa Quaest de dezembro do ano passado mostra João com quase o triplo das intenções de voto a menos de dois anos da eleição: 64% a 22%. O prefeito evita falar tão mal da provável futura rival, mas solta críticas indiretas.

— As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação.

Nenhuma comunicação é capaz de segurar sozinha uma avaliação de governo tão alta como a dele, afirma João. É preciso ter entrega. Orgulha-se das “três obras por dia em área de morro”, do aumento de vagas em creche e do “investimento recorde ano a ano”, além do monitoramento rigoroso de metas e da digitalização de serviços. A cidade virou de fato um canteiro de obras, sempre com placas chamativas para reivindicá-las politicamente: “Mais uma obra da prefeitura”, “A prefeitura do Recife está trabalhando aqui” e outros avisos do tipo pululam em todo canto.

Os críticos o chamam de “o prefeito moderno, mas que sabe usar a velha lógica de máquina”. No início do ano, houve aumento de 25% no número de cargos comissionados na cidade, com impacto de R$ 65 milhões. Existem mais contratados dessa modalidade na administração municipal do que na estadual.

Duas vitrines do prefeito entraram nos últimos meses no radar do Tribunal de Contas do Estado, que apontou possíveis superfaturamentos e outras irregularidades no Parque da Tamarineira e no Hospital da Criança. A prefeitura afirma que os itens destacados no documento sobre o hospital “estão sendo cuidadosamente analisados, e as informações técnicas necessárias estão sendo levantadas para subsidiar a resposta”. O relator no tribunal é Marcos Loreto, primo da mãe de João. No caso do parque, a gestão rechaça os argumentos do TCE e garante que todo o processo licitatório foi feito de forma correta e até mais econômica do que o sugerido pela auditoria.

Na política, escreveu certa vez a historiadora Angela de Castro Gomes, funerais costumam provocar uma “alegoria às avessas”: ao invés de uma ideia ser dotada de um corpo, um corpo passa a representar uma ideia.

O enterro de Eduardo Campos, em plena campanha presidencial de 2014 e um dia depois de o candidato ser entrevistado no Jornal Nacional, é considerado por muitos em Pernambuco o momento em que a ideia simbolizada por ele não só se imortalizou, como passou a habitar outro corpo.

Diante de toda a dor no funeral, recorda um integrante da família, o mais velho dos filhos homens do ex-governador logo incorporou o papel de herdeiro político. Ao mesmo tempo em que se despedia do corpo do pai, era o único capaz de ter a frieza de cumprimentar os apoiadores que faziam fila para chegar perto do caixão.

— Ali ficou cravado que ele seria o sucessor político da família — afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que assumiu o partido até então chefiado por Eduardo Campos.

Foi depois da morte do pai, com Marina Silva encabeçando a chapa e Paulo Câmara concorrendo ao governo estadual pelo PSB, que João fez campanha em palanques pela primeira vez.

— É como se disséssemos que nossa bandeira não ficaria a meio mastro. Meu pai não gostava de nada triste, a última coisa que queria era a família dele de cabeça baixa. Decidimos fazer o que ele faria. Eu nunca tinha feito um comício político, fiz o primeiro 15 dias depois de ele ter falecido. Meu primeiro discurso foi em Caetés, onde Lula nasceu. Em 20 dias, fui a 44 cidades do estado — relembra o prefeito.

Sempre que falam do ambiente da casa nos tempos de Eduardo governador, os olhos dos Campos brilham. Era um permanente evento político, e por lá passaram todas as grandes figuras da República. O pernambucano Lula a visitou sete vezes em um mesmo ano, na esteira de agendas presidenciais no Recife.

O escritor Ariano Suassuna, tio-avô de João, era sempre convidado quando o petista aparecia, e o cardápio incluía clássicos da culinária local: carne de sol, macaxeira, feijão verde e bolo de rolo. Para ajudar a descer a fartura, uísque, o mesmo destilado que João, iniciado na bebedeira apenas aos 23 anos, tem hoje como quitute alcoólico favorito.

Se o pai é a grande referência política, de Arraes João se recorda mais como bisavô do que como figura mítica da esquerda brasileira, o homem cassado pela ditadura que partiu para o exílio e voltou para cumprir outros dois mandatos de governador. O reconhecimento do tamanho do “Pai Arraia” na política pernambucana se deu com o tempo e nas ruas, onde os mais velhos se emocionam quando veem “o netinho de Arraes”.

Pai e filho haviam selado um acordo: enquanto Eduardo estivesse na política, João não disputaria eleições. Na esteira da morte, teve quem incentivasse o então jovem de 20 anos a cobiçar uma cadeira de deputado federal já naquele processo eleitoral, o que exigiria que algum outro candidato da nominata do PSB desistisse. Ele recusou: preferiu terminar a faculdade e esperar quatro anos para se colocar nas urnas.

Formou-se em Engenharia, vocação notada ainda na infância e da qual se vale hoje para detalhar obras da cidade. Quando criança, João andava pela casa dos pais, no bairro Dois Irmãos, com uma caixa de ferramentas para lá e para cá. Gostava de consertar tudo o que via pela frente — incluindo relógios antigos, que desmontava e montava “para entender como funcionava”.

Os slogans de João em campanhas narram a história política que construiu de 2018 para cá. Começou como “filho da esperança” quando concorreu a deputado federal, passou por “a esperança (que) se renova” na primeira vitória para o Executivo municipal e virou, enfim, “meu prefeito”.

A mãe, Renata Campos, costuma contar uma anedota que também ilustra a passagem de bastão na política pernambucana. Diz que era conhecida como a mulher de Eduardo, até que virou a viúva de Eduardo. Agora, é a mãe de João.

João é inquieto. Quando senta para conversar, as mãos se mexem com frequência. Afagam as pernas ou se embrenham uma na outra. Orgulhoso da rotina insana de trabalho, tem como hobby a corrida, que o ajuda a desopilar. Foram duas meias maratonas concluídas no ano passado, mas admite que, desde a reeleição, anda meio “fuleiro” com os treinos.

É teimoso, obsessivo, perfeccionista, exigente, workaholic, e por aí vai — palavras de todos que falam de João, além do próprio. Sobre ele, no entanto, não se ouvem críticas voltadas para o temperamento. Ao contrário do pai, avaliam aqueles que conheceram os dois Campos, não é “temperamental”.

Fora do padrão na política, o prefeito mora sozinho, uma solidão caseira que se dá pela distância física da namorada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Os amigos que analisam a entrada de Tabata na vida de João, assim como ele mesmo, citam como maior impacto o estímulo ao estudo e a ser mais questionador. Com vidas em cidades diferentes, os dois tentam se ver aos fins de semana, seja em Brasília, São Paulo ou Recife.

João é bisneto, mas na boca do povo virou neto do ex-governador. Neta mesmo é Marília Arraes, a prima de Eduardo Campos que, brigada com o outro lado da família em 2014, sequer foi ao funeral. Seis anos depois, João e Marília protagonizaram uma eleição municipal — ele pelo PSB, ela pelo PT — que rachou os dois núcleos, com ataques na linha da cintura.

Foi Marília quem começou a trocação, mas João, à época com 26 anos, mostrou no segundo turno que, apesar da cara de bom moço, era capaz de acirrar a guerra familiar para vencer o jogo. Chegou a contar com Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos principais líderes religiosos do universo bolsonarista, para pregar voto contra a então petista, hoje dirigente estadual do Solidariedade. Ao mesmo tempo, fez uma campanha em que pintou Marília como alguém de ideias mirabolantes e inviáveis. Deu certo, e o resultado foi uma vitória até confortável: 56% a 44%.

Parte dos ataques cara a cara se concentrou em acusações de corrupção envolvendo os respectivos partidos, que volta e meia se bicam no Recife em busca de protagonismo. Depois que a candidata que carregava o nome Arraes citou operações da Polícia Federal contra o então prefeito Geraldo Júlio, do PSB, o de sobrenome Campos mencionou suspeitas de “rachadinha” no gabinete da prima e disse que “em relação ao PT, não cabe nos dedos das duas mãos quantos gestores presos têm no Brasil”. Declaração impensável para o João de hoje.

A reconciliação entre os primos só veio em 2022, quando o palanque de Lula em Pernambuco fez os dois ficarem frente a frente pela primeira vez desde então, e foi o próprio petista quem intermediou o encontro. Mas, depois daquela traumatizante eleição municipal, a relação entre os Campos e os Arraes nunca mais foi a mesma, a despeito da paz restabelecida.

Hoje, tanto João como Marília têm irmãos com mandatos na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PSB) e Maria Arraes (Solidariedade), ambos orbitando os 30 anos. Em Pernambuco, os dois sobrenomes são uma espécie de passaporte para a política, e Pedro e Maria foram eleitos com mais de 100 mil votos cada em 2022.

João tem ainda outros três irmãos: a única mais velha, Duda, e os mais novos, Zé e Miguel, até o momento sem experiência eleitoral. Ele e Pedro sempre foram os mais interessados nas conversas políticas do pai.

Em maio, o prefeito vai assumir a presidência nacional do PSB, apesar de ainda adotar cautela ao falar da missão, outra que o pai e o bisavô cumpriram por vários anos. À frente da sigla, lidará com a construção do processo eleitoral de 2026, enfrentando pela primeira vez dilemas de outros estados e, sobretudo, impondo pressão para Lula manter Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição.

— Isso é uma prioridade do partido. Quando fizemos a aliança com Lula, o maior partido a apoiá-lo foi o PSB. Nenhum dos grandes partidos que hoje têm ministérios apoiou Lula — observa. — E tenho certeza que muitos também não coligarão no ano que vem. Isso é uma disfunção, claro que é, mas para resolver não é simples. Hoje o modelo de representação no Congresso quase que exige que isso seja feito.

Insistente na tese de que é preciso “ouvir o povo”, João é há bastante tempo crítico do protagonismo das chamadas pautas identitárias na esquerda. Ainda em 2021, quando começava a se reaproximar de Lula, disse ao GLOBO que “os problemas e as soluções do Brasil não estão nessas pautas puramente identitárias ou ideológicas”, e que era necessário tirar o debate desse campo, no qual o bolsonarismo cresce. Prega que as energias estejam concentradas nas políticas públicas mais amplas.

Outra crítica que fez a parcelas da esquerda, esta diretamente ao aliado Lula, foi à visita pomposa do venezuelano Nicolás Maduro ao Planalto. O episódio exemplifica o que o prefeito considera deslizes do governo que dão munição para opositores desviarem o foco do que importa.

Os casos do passado recente do partido, nos anos de turbulência da política nacional e também nas brigas locais, evidenciam que, a exemplo do pai, João nutre uma relação mais sólida com Lula do que com o PT. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia do petista antes de virar governador, Eduardo resolveu, afinal, tentar a presidência contra Dilma.

Quando é perguntado sobre o cenário para 2026 se o atual presidente não disputar a reeleição, o futuro chefe máximo do PSB evita projetar outros nomes e considerar conjunturas.

— Lula é o nome natural, e o que torço e espero é que ele seja candidato — limita-se a dizer.

Sem ter sequer os 35 anos necessários para disputar a Presidência da República, João é considerado a grande aposta nacional do PSB, o elo entre o sonho interrompido de Eduardo Campos e o futuro. Enquanto corta o cabelo — sem “nevar”, ao menos até o próximo carnaval — com Weydson Alves, que vai todo mês à prefeitura prestar o serviço, conversas descontraídas sobre o passado e o horizonte político do prefeito tomam conta da sala, incluindo projeções presidenciais.

Se dependesse de Weydson, fã dos slogans políticos da família Campos, o bordão para a eventual candidatura ao Planalto já estaria definido: “João Campos, a sorte do Brasil”, vislumbra, arrancando o sorriso do prefeito diante de um quadro na parede em que o pai também sorri.

27/01/2025

PSB inicia 2025 reunindo as expectativas do povo sobre o futuro, diz Sileno

Presidente estadual do PSB agradeceu a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que encerram mandatos e destacou o potencial das gestões e legislaturas que estão para começar

Foto: Wesley D’Almeida/Arquivo

O presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, agradeceu, nesta terça-feira (31), a prefeitos e prefeitas, vice-prefeitos e vice-prefeitas, vereadores e vereadoras filiados ao partido que estão terminando seus mandatos. O dirigente ressaltou que, graças a esses quadros, diversas transformações ficarão como legado após quatro anos de trabalho. Sileno avaliou ainda que o PSB inicia 2025 reunindo em torno de si as expectativas da maior parte da população pernambucana sobre o futuro, dado o potencial das novas gestões e legislaturas que começam e ao fato de a sigla governar o maior número de habitantes no estado.

“Os últimos quatro anos foram intensos e deixarão um legado de muitas realizações nos municípios pernambucanos. Nossa gratidão a todas e todos que levaram os ideais do partido nesse ciclo que está terminando”, afirmou o presidente, saudando também os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que iniciam ou darão continuidade a seus mandatos em 2025, a exemplo do prefeito do Recife, João Campos (PSB), reeleito em 2024 com o maior percentual de votos da história da capital pernambucana.

“O PSB conclui 2024 fortalecido, tendo obtido uma vitória inconteste no Recife com o prefeito João Campos, que inicia seu segundo mandato consolidado como grande liderança no nosso partido não só em Pernambuco, mas no Brasil. E, mesmo na oposição estadual, reunimos um time robusto de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que acreditam no projeto que nosso conjunto político defende. O PSB reúne em torno de si uma série de expectativas da população sobre o potencial das novas gestões e legislaturas. É com esse anseio por um futuro melhor em Pernambuco e no Brasil que começamos o ano”, declarou.

31/12/2024 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Parlamentares do PSB tomam posse na Câmara Municipal do Recife

A bancada de 15 vereadores e vereadoras do PSB no Recife tomou posse, nesta quarta-feira (1º), para atuar na legislatura de 2025 a 2028.

Na cerimônia, também foi eleita a Comissão Executiva deste biênio. O presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Romerinho Jatobá (PSB), foi reconduzido ao cargo. O 1º e 3º vice-presidentes serão, respectivamente, os vereadores Zé Neto (PSB) e Aderaldo Pinto (PSB). O vereador Eriberto Rafael (PSB) seguirá como 1º secretário.

Ainda na ocasião, também houve o anúncio de que o vereador Rinaldo Junior seguirá na liderança da bancada do PSB na Câmara. Tomaram posse ainda as vereadoras do PSB Andreza Romero e Natália de Menudo e os vereadores Carlos Muniz, Eduardo Mota, Felipe Francismar, Hélio Guabiraba, Júnior de Cleto, Luiz Eustáquio, Agora é Rubem e Wilton Brito.

Com essa configuração, a bancada do PSB é a maior da Casa de José Mariano, ocupando 15 das 37 cadeiras do Legislativo municipal e quatro das nove cadeiras da Comissão Executiva.

01/01/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Prefeitos e prefeitas do PSB tomam posse em todo o estado

Foto: Wesley D’Almeida/Arquivo

Entre os mais de 30 municípios pernambucanos que serão governados pelo PSB, 14 terão prefeitos reeleitos pelo partido. Esses gestores municipais tomaram posse em solenidades realizadas em todo o estado, juntamente com vice-prefeitos e um time de mais de 300 vereadores e vereadoras do PSB.

Foram reeleitos João Campos (Recife), Flávio Gadelha (Abreu e Lima), Vinicius Labanca (São Lourenço da Mata), Zé Roberto (Ferreiros), Miruca (Água Preta), Ruben Lima (Panelas), Zé Martins (João Alfredo), Juarez da Banana (Machados), Sivaldo Albino (Garanhuns), Nego do Mercado (Capoeiras), Josué Mendes (Agrestina), Dr. Evaldo Bezerra (Mirandiba), Sandrinho Palmeira (Afogados da Ingazeira) e Luciano Torres (Ingazeira).

Além deles, o PSB elegeu 17 novos prefeitos e prefeitas: Marivaldo Pena (Altinho), Caíque (Angelim), Erivaldo Bezerra “Bebe Água” (Betânia), Dr. Ruy (Bonito), Berg Gomes (Carnaíba), Zeneide Medeiros (Cumaru), Corrinha de Geomarco (Dormentes), Gilberto Ribeiro (Flores), Lindonaldo da Farinha (Frei Miguelinho), Camila Souza (Iati), Juninho Cantarelli (Itacuruba), Aline Karina (Itapetim), Catharina Garziera (Lagoa Grande), Jeyson Falcão (Primavera), Carol Jordão (Ribeirão), Vinicius Marques (São José do Belmonte) e Mayco da Farmácia (Solidão).

02/01/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Prefeito João Campos é empossado na Câmara Municipal do Recife

Foto: Rodolfo Loepert

O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), foi empossado em solenidade realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira (1º). Ao lado do vice-prefeito, Victor Marques (PCdoB), e de 37 vereadores e vereadoras que também tomaram posse, o gestor reafirmou o compromisso de levar a cidade a um tempo de avanços ainda mais significativos que os dos últimos anos.

“Gratidão a gente retribui com trabalho. E saibam que eu vou seguir me dedicando muito à nossa cidade. Não tem dia, nem hora. Tem compromisso assumido”, afirmou João Campos, citando metas para educação, saúde e infraestrutura assumidas durante a campanha eleitoral e que serão trabalhadas na gestão que está começando.

Com o título de prefeito mais jovem eleito entre as capitais brasileiras na história do país, aos 27 anos, João Campos, agora com 31, consolidou sua vitória no 1° turno das últimas eleições municipais com o recorde histórico de 78,11% dos votos válidos. Durante a sua fala, o gestor destacou os marcos de sua gestão e já falou como pretende avançar com mais ações exitosas.

“Uma cidade só avança quando busca a igualdade de oportunidades. Como fizemos ao longo dos últimos quatro anos, teremos 50% das mulheres assumindo os cargos de liderança da Prefeitura do Recife. (…) Os novos espaços urbanos irão avançar por ainda mais bairros e regiões, fazendo o convite permanente à população para viver a cidade. Vem aí as novas etapas do Parque da Tamarineira, o Parque do Aeroclube, de Roque Santeiro, de Tejipió e, também, o novo parque de Cajueiro. (…) A expansão com atenção básica, obrigação constitucional, dará novos passos à frente, com a chegada de novas estruturas e mais profissionais para um cuidado cada vez mais transversal. Seguimos em ritmo acelerado com construção do Hospital da Criança, a maior obra pública de saúde em toda a Região Metropolitana, que fica pronto em 2025. (…) A educação seguirá como passaporte para o futuro, mudando a história de uma geração. Se foi possível sonhar e dobrar o número de vagas de creche, fazendo em quatro anos mais do que foi feito em 40 anos, agora teremos a oportunidade de triplicar. (…) Se batemos recorde na proteção de famílias em área de morro, atendendo a mais de 40 mil pessoas, a hora é de seguir em frente, intensificando todo esse cuidado”, frisou.

01/01/2025 – Com informações da Prefeitura do Recife

Gleide Ângelo critica governo por fechamento de delegacias da mulher

Foto: Roberto Pereira/Arquivo

A deputada estadual Delegada Gleide Ângelo (PSB) criticou o governo de Raquel Lyra pela omissão do alto número de feminicídios ocorridos em Pernambuco e pelo fechamento das delegacias da mulher no interior do estado nos fins de semana e feriados.

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na segunda-feira (18), a deputada cobrou o governo do Estado a adotar políticas públicas para enfrentar o problema.

“Estamos aqui para cobrar do Governo do Estado uma política pública efetiva. Porque hoje não temos nenhuma campanha para que as mulheres saibam seus direitos, não temos nada, nem um plano de segurança para as mulheres”, criticou.

De acordo com a parlamentar, foram registrados 44 mil boletins de ocorrência de janeiro a outubro de 2024 de violência contra as mulheres. Ela destacou o assassinato de três mulheres pelos ex-companheiros em apenas 24 horas em Pernambuco no último final de semana.

“Essas mulheres simplesmente estão abandonadas. E eu estou falando de 53% da população que somos. Então é isso que eu peço à governadora do Estado: que ela faça pelas pernambucanas o que as pernambucanas fizeram e acreditaram quando a colocaram naquela cadeira”, concluiu.

22/11/2024 – PSB Nacional

Comissão aprova projeto de Pedro Campos para oferta de bolsas de graduação tecnológica

A Comissão de Educação aprovou, nesta quarta-feira (27), o Projeto de Lei nº 1358/24 do deputado Pedro Campos (PSB-PE) que inclui no Programa Universidade para Todos (PROUNI) a oferta de bolsas de graduação tecnológica.

Atualmente, o PROUNI prevê a concessão de bolsas de estudo integrais e bolsas de estudos parciais apenas para estudantes de cursos de graduação e sequenciais em instituições privadas de ensino superior, com ou sem fins lucrativos. “A proposta aprimora o Programa a partir da valorização do acesso de estudantes brasileiros à educação superior tecnológica”, disse Pedro.

Uma graduação tecnológica tem períodos curtos que podem variar de dois a três anos. Pedro reforçou que, apesar da celeridade, a graduação tecnológica fornece profissionais qualificados em áreas específicas, principalmente de novos conhecimentos, e permite sua aplicação em situações reais e objetivas. “De acordo com dados do SENAI, cerca de 80% dos alunos dessa modalidade de graduação conseguem emprego na área antes mesmo de se formar”, disse.

Mais vagas

O texto, que segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, prevê ainda a ampliação da oferta de vagas, pelo Poder Executivo, em cursos de tecnologia da informação e outros mercados emergentes, além da possibilidade de parcerias com instituições públicas e privadas para promover residência profissional aos estudantes, de preferência em todos os semestres.

Iniciativa é inspirada em programa de Recife

O projeto de Pedro Campos é inspirado, principalmente, no Programa Embarque Digital, de Recife (PE) – iniciativa educacional de fomento à formação de capital humano especializado na área de Tecnologia da Informação e Comunicação. O programa foi reconhecido como uma das dez Soluções Inspiradoras 2023, da Associação Internacional de Parques Científicos e Áreas de Inovação (IASP).

De acordo com a proposta do parlamentar, no Embarque Digital são ofertadas, por meio da Secretaria de Educação, vagas nas graduações tecnológicas financiadas pela gestão municipal, somadas com a aplicação real do mercado de trabalho por meio das empresas parceiras alocadas no Porto Digital, um dos principais parques tecnológicos do Brasil e que abriga mais de 350 empresas dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa (EC) e Tecnologias Para Cidades.

“Para ter acesso ao programa, foram estabelecidas métricas importantes e que se alinham com as propostas no PROUNI, como a destinação de vagas para pessoas negras ou pardas, mulheres e estudantes que cursaram o ensino fundamental e médio na rede pública de ensino”, explicou Pedro.

27/11/2024 – PSB na Câmara

Projeto de Felipe Carreras amplia acesso a canais de denúncia de violência doméstica

O Projeto de Lei nº 4410/2021, de autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), obriga que todos os sites e aplicativos do poder público publiquem, de maneira clara e acessível, informações sobre os canais oficiais para denúncia de crimes de violência doméstica e familiar. O texto foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e agora segue para análise da Comissão de Trabalho.

De acordo com a proposta, os portais deverão incluir um ícone ou link visível que direcione diretamente às informações sobre onde e como denunciar casos de violência contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.

O projeto de lei ainda estabelece que as páginas destinadas ao acesso contenham orientações e informações educativas, como telefones de órgãos especializados, links para serviços de proteção e mensagens alertando que violência doméstica é crime e deve ser denunciada.

Na justificativa, Felipe Carreras destacou o impacto da medida na redução da impunidade. “Esses crimes muitas vezes ocorrem dentro dos lares, longe dos olhos do Estado. Precisamos de políticas preventivas que incentivem as vítimas a buscar ajuda e fortaleçam a rede de proteção”, afirmou o parlamentar.

03/12/2024 – PSB Nacional

Recife bate recorde e investe quase R$ 1 bilhão em 2024 na gestão de João Campos

Pela primeira vez na história, o Recife se aproxima da marca de R$ 1 bilhão em investimentos públicos realizados pela prefeitura em obras e ações espalhadas por toda a cidade ao longo do ano de 2024, durante a gestão do prefeito João Campos (PSB).

Os R$ 950 milhões investidos pela gestão municipal se materializam, de janeiro até aqui, na entrega e na execução de mais de 1.600 intervenções, como a construção do Hospital da Criança, de novas pontes, de novos parques urbanos, de unidades da rede Compaz, da urbanização de áreas vulneráveis, contenção de encostas, grandes conjuntos de entregas na saúde e na educação, entre tantas outras benfeitorias.

Esse expressivo investimento vem acompanhado de outra importante marca: cerca de 70% do aporte público realizado pela Prefeitura do Recife foi feito na periferia da cidade. O que reforça o compromisso da atual administração em combater a desigualdade, possibilitar novas oportunidades e assegurar a contínua melhora na oferta de serviços municipais para a população.

O novo patamar de investimento foi alcançado após um intenso trabalho de captação e liberação de recursos provenientes de operações de crédito junto a organismos nacionais e internacionais, que resultaram em R$ 435 milhões a mais do que o previsto no orçamento municipal a ser executado para esse ano, bem como um forte controle de contas e priorização na alocação dos recursos, além de recursos celebrados com o Governo Federal.

É importante ressaltar que o reforço na captação de recursos segue dentro do planejamento da gestão, não comprometendo os parâmetros de endividamento do município, hoje em 32% da receita corrente líquida, que seguem bem abaixo do permitido por Lei, que é de 200%.

Como o volume de investimentos superou o que estava previsto para o ano de 2024, nas leis de Diretrizes Orçamentária (LDO) e Orçamentária Anual (LOA), a Prefeitura do Recife encaminhou para a Câmara de Vereadores um Projeto de Lei propondo adequações nas metas fiscais para as LDO e LOA de 2024. A revisão que se faz é fundamental para assegurar a transparência e demonstrar o equilíbrio na gestão dos recursos públicos, permitindo que o município concretize investimentos essenciais com base em receitas adicionais que não estavam originalmente previstas no orçamento deste ano.

Todo esse volume de recursos captados, que estão se revertendo na melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população, foi possível a partir de um intenso trabalho de ajuste fiscal e racionalização dos recursos desde o início da gestão. Essas ações resultaram na melhoria do score da Prefeitura do Recife junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), subindo para nota B a Capacidade de Pagamento (Capag) no município.

Esse indicador é um diagnóstico anual realizado pela STN, que analisa a situação fiscal e o impacto de novos endividamentos em estados e municípios. Com a pontuação em 2022 e 2021, a capital pernambucana vem consolidando as medidas de tratamento das contas públicas municipais nos dois primeiros anos da gestão João Campos e garantindo a execução e a continuidade do maior plano de investimentos da história da cidade.

21/11/2024 – PSB Nacional